Pintando aquarela

Como foi que uma jornalista virou pintora de aquarela?

(Atualizado em 8/6/2020)

Neste primeiro post vou falar um pouco sobre mim e sobre a maneira como voltei ao fazer artístico. Ressalto, de antemão, que pretendo mais e mais inspirar as pessoas, numa espécie de retribuição à oportunidade que a vida tem me dado de recomeçar profissionalmente de uma maneira tão linda assim, através das cores.

Passei a trabalhar com arte aos 27 anos, mas desenho desde criança. Minhas principais lembranças da infância são pintando, colorindo, tentando copiar personagens de gibis, pregando esses desenhos na parede para fazer “quadros” (acredite, no interior no início da década de 90 não era tão fácil ter quadros/molduras como é agora).

Sou natural de Formosa, interior de Goiás, e com 14 anos me mudei de mala e cuia para Goiânia, convicta de que me tornaria artista, sem entender bulhufas do quê de fato significava ser isso ainda não entendo bem, confesso.

A primeira coisa que meu irmão mais velho fez, nesse sentido, foi me matricular num curso de pintura do CEP em Artes Basileu França, onde ele era professor de música (sim, a arte está no sangue <3). Por algum motivo, me desenvolvi pouco com a didática dessa escola no que tange a pintura: muito técnica, pouco inspiradora. Acho até que me frustrei, rs. Então, no ensino médio, algumas dessas preocupações por um futuro profissional estável, que descabelam todo pré-vestibulando, me levaram a prestar para jornalismo. Ler e escrever também eram/são uma paixão, outro ponto a favor para a criação do blog. Em 2011 me formei pela PUC-GO. Cursei a faculdade graças ao Prouni.

Após alguns anos como repórter/editora de um site de notícias políticas, fui percebendo que precisava voltar a pintar, como hobby, ou melhor: válvula de escape. Mal sabia eu que, após as primeiras aquarelas, um universo de possibilidades coloridas surgiria.

Apareceram no Facebook os primeiros conhecidos interessados em comprar meus trabalhos; no Instagram, desconhecidos encomendavam outros (meu primeiro trabalho para fora de Goiás foi para um colecionador de Dom Quixote). Depois, após uma consultoria de Economia Criativa, me surgiu um local para expor semanalmente, a Feira do Cerrado. Em seguida, descobri uma oficina no Centro Livre de Artes aqui de Goiânia voltada à aquarela, que me ajudou muito a dominar melhor a técnica e a entender e aceitar o processo artístico.

Flores em aquarela. Aquarela botânica

Mas, como nem tudo são flores, também surgiu desafios e dificuldades, que têm sido superados aos poucos, com pesquisa, palestras sobre empreendedorismo criativo, cursos on-line e presenciais, além de ajudas e dicas de amigos arteiros que eu já tinha ou que conheci, muitos pela internet.

Feira do Cerrado

De lá para cá tive que aprender a mostrar minha arte, que antes ficava guardada no guarda-roupa, para desconhecidos. Tenho aprendido a apresentá-la para venda também (ainda estou aperfeiçoando a busca pelo preço ideal e justo – outra pauta futura). Estou na batalha para compreender como funciona as ferramentas de e-commerce, marketing e etc (parte mais complicada para mim, que sou de humanas e nunca fui muito chegada em tecnologia). Passei pelos temidos bloqueios criativos, inicialmente sem saber que existiam (dá para imaginar a angústia?). Mas as coisas têm caminhado num ritmo bacana, vide o blog.

Autoconhecimento e arte

Voltar a pintar fez com que eu me voltasse mais para quem eu sou, o quê quero de verdade enquanto indivíduo dentro da sociedade e como pretendo viver meus dias nesse mundo vasto de gostos, pessoas, personalidades e cobranças. Nesse curto período já percebi que meu estilo, em que predomina o colorido e a palavra, é capaz de inspirar o dia a dia de pessoas que eu nem conheço (ou não conhecia, pois muitos clientes estão se tornando amigos).

Estou aprendendo a ser menos crítica com minha arte e a me libertar mais no processo de criação.

E é aqui que eu vou contar como tem sido essa busca incessante em prol do fazer artístico.

Se tiverem sugestões de post ou quiserem me contar alguma coisa, deixa aí nos comentários, será ótimo compartilhar mais experiências!